Foto do amanhecer em retiro da Comunidade Zen Budista de Florianópolis.
A escola Zen diz então: “A Terra se funde e o céu se desmorona”. E mais, o Budha falou do Paraíso como de uma terra dourada: é porque empregou palavras diferentes para pregar aos ignorantes.
Se obtiver essa iluminação, vejo que meu corpo, sem deixar de ser meu corpo, existia na origem do Substancial do Corpo de Essência, que não teve nascimento.
Posto que não teve nascimento, não conhece a morte. É o que se chama “não nascimento” e “não destruição” ou o “Budha da vida infinita’’. Crer no nascimento e na morte é o sonho do extravio. Se é assim para meu corpo, também é para os outros corpos. Se é assim para homem, também é para tudo: os pássaros, os animais, as plantas, a terra e as pedras. O Amitâbha Sutra declara: “O pássaro aquático e a árvore recitam preces a Budha, ao Dharma e ao Sangha” e também: “O Budha das dez direções do espaço aparece no triquilio megaquilio cosmo e prega a lei com a larga e comprida língua dos Budhas’’.
Estes fatos se produzem no momento da realização da iluminação. Lemos no Saddharma Pundarika Sutra: “Todos os Dharmas tem naturalmente o caráter do aniquilamento, sem descontinuidade desde a origem”. Tudo isso indica que a iluminação foi realizada. Realizai esta iluminação pela meditação sentada, fervorosa, em harmonia com o Substancial do Verdadeiro Corpo de essência, liberando-nos do extravio do agregado da matéria”.
Sermão de Tetsugen