(continuação)
Cuidadosamente olhamos à nossa volta, encontramos mestres escondidos , mestres para nos ensinar paciência, tolerância, não os enxergamos, os vemos sem ver, pode ser que tenhamos encontrado um Bodisatva à nossa frente e não o tenhamos reconhecido, porque nossos olhos não estavam preparados para ver. Meng Min da última parte da dinastia Han ficou em Taiyuan em uma de suas viagens. Uma vez, enquanto carregava um balde, este caiu no chão, mas ele seguiu adiante, sem se voltar. Guo Linzong testemunhou isto e lhe perguntou o significado, Meng Min replicou: – “O balde já estava quebrado, de que adiantava eu me voltar?” Linzong o considerava incomum por causa disso e o encorajou a estudar.
Esta história revela a pura e instantânea compreensão dos fatos: ele andava, o balde quebrou, ele nem se voltou, continuou andando. Olhem e rememorem suas próprias vidas. Quantas vezes perdemos algo, mas, voltamos para trás, voltamos para a memória daquilo que perdemos, lamentamos, sofremos, reconsideramos, por que fazemos isto? Porque estamos profundamente agarrados as coisas, e o extraordinário neste caso é que ele não se voltou nenhum instante, simplesmente continuou andando. Se fossemos capazes de estarmos tão desapegados que quando algo assim sucede, pudéssemos continuar andando, sem voltar atrás e remoer aquilo que perdemos, aquilo que se quebrou, então estaríamos profundamente livres.