P: Olhando profundamente a impermanência, por vezes experimento um sentimento de melancolia que tem origem na tendência de desvalorização dos eventos em razão de serem todos eles efêmeros. Há uma vaga tristeza que brota da visualização do fim de todas as coisas que amamos e que é reforçada pelo vazio da existencia intrínseca que a tudo abarca e nos diz que tudo não passa afinal de aparências. O que fazer quando isso ocorre?
R: O relativo e o absoluto são uma coisa só, pense nisto até entender profundamente.
O monge na foto, escolheu eliminar-se de modo a causar grande impacto e chamar a atenção do mundo para a perseguição que esmagava o budismo zen no Vietnã do Sul durante a guerra. Tudo é impermanente sim, mas ao mesmo tempo tudo está interconectado e ele está aqui agora conosco.
Olhe suas mãos, elas são os seus próprios ancestrais e o testemunho de toda a vida na terra, somos impermanentes e eternos, mergulhe nesta eternidade e interdependência e toda a fugacidade vai mostrar que a beleza das ondas do mar é seu ir e vir, mas o oceano está lá sempre, você não é somente onda, você é oceano. E, claro, o mar se manifesta em ondas.