Adicionar imagemblock; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;” src=”/wp-content/uploads/blog/mahakashyapa.jpg” border=”0″ alt=””id=”BLOGGER_PHOTO_ID_5215044402621666146″ />
Mahakashyapa – o Primeiro Patriarca
Porque sem a transmissão e a linhagem tudo está perdido, por esta razão o extremo cuidado dentro do zen na transmissão, na entrega do manto a um monge visto merecedor de ser um sucessor daquela linhagem. Veja sobre quebra da linhagem feminina e nos problemas de ordenação decorrentes no Theravada, até hoje não solucionados, e esta é a tradição que mais valoriza os sutras como caminho, se fossem os textos tudo que precisamos esta questão seria desconsiderada.
O Kalama Sutra tem seu texto muitas vezes usado erradamente toma-lo como uma declaração de que cada um vai construir um budismo particular empírico é levar a intenção do sutra longe demais e desconecta-lo do restante dos sutras.
Tomando um texto (Bikkhu Bodhi) da própria tradição Theravada:(íntegra em http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/ensaio9.htm )
“Nesta edição do boletim periódico estamos combinando a coluna principal com a coluna ‘Estudos de Suttas’ para revermos um discurso do Buda que freqüentemente é mencionado, o Kalama Sutta. O discurso tem sido descrito como o ‘alvará do Buda para o livre inquérito’, e embora o discurso, com certeza, contraponha os ditames do dogmatismo e da fé cega com um vigoroso chamado para a livre investigação, é questionável se ele pode dar suporte a todas as idéias que lhe têm sido atribuídas. Com base em um único trecho, mencionado fora do seu contexto, o Buda é convertido num empirista pragmático que descarta toda doutrina e fé e cujo Dhamma é uma simples ferramenta para atingir a verdade dos livres pensadores, convidando cada um a aceitar e rejeitar qualquer coisa que queira.”
Outro ponto importante no zen é a chamada transmissão “I shin dem shin” de uma mente/coração a outra, sem palavras, sobre ela publiquei um texto do rev. Wagner no site www.chalegre.com.br/zendo em “Textos” . Considerando mais ainda deveríamos atentar para a atitude dos discípulos em escolher Mahakashyapa como primeiro patriarca e o imenso cuidado de preservação da recitação das linhagens no zen, simplesmente nos mosteiros ela é recitada todos os dias, os monges normalmente a sabem de cor, são 90 nomes atualmente, em média.
Mais ainda, a tradição indica que somente um portador da realização pode reconhecer outro, esta é uma maneira de distinguir charlatões que frequentemente surgem se autonomeando novos mestres e dos quais a internet está cheia, mestres iluminados, Maitreyas, alguns delirantes a enganar incautos. Porém isto é secundário, o que importa é que perdida a transmissão e o mestrado precisaríamos de um novo Buda para reiniciar as linhagens e a transmissão, se tudo for deixado apenas a interpretação de textos não teremos mais a substância do budismo, mas um debate filosófico em que forças centrífugas estilhaçariam a tradição em miríades de opiniões e interpretações pessoais.
Para finalizar estes 2600 anos foram construídos sobre esta tradição de transmissão, pouco importam os nomes das tradições, o que importa para distinguir, se provem de Buda ou não, é a existência de transmissão, de linha de ordenação.