Ven. Dhammadipa continua: – Os quatro ilimitados são assim chamados porque os objetos em si são ilimitados e no Budismo os objetos ilimitados são os seres sencientes. Os Sutras do Conhecimento transcendental são a base do conhecimento Mahayana e outro grande sutra é o “Makahannya Shingyo”, o sutra que vocês recitam. Essa literatura transcendental é até mais vasta que os próprios Ágamas, mas pode ser resumida em uma frase: “Tudo é vazio”. Nos Sutras da Sabedoria Transcendental todos os seres senscientes são estendidos ao universo. Os Arahats não vêem nenhum ser senciente, apenas vêem os skandhas, ou os agregados. Eles precisam prestar muita atenção em uma pessoa para percebê-la, caso contrario só percebem os agregados.
Na Sabedoria Transcendental todos os objetos tornam-se amor, compaixão, alegria e equanimidade. Por exemplo, é muito comum no ocidente quando uma pessoa bate com a cabeça numa porta, que fique bravo, fale mal e chute a porta. Devemos praticar amor e compaixão pela porta. Os quatro ilimitados estão relacionados aos ilimitados do sem desejos.
Essa é a situação que o Buda se encontra. Buda não necessitava ver um objeto em particular. Ele estava sempre conectado com alegria, amor, equanimidade e compaixão. Essa é uma idéia superior. Essa é a conquista última das perfeições. Mesmo que seja muito difícil, é muito benéfico o atingimento e compreensão dessa idéia, ainda que eu mesmo não seja capaz de fazê-lo tento o meu melhor e os encorajo a tentar também.