Antigamente, no modelo oriental, esperava-se que o aluno estivesse mergulhado na cultura. Quando você tem um aluno que pratica artes marciais, por exemplo, o treinamento é mais fácil, porque o aluno já se habituou com a disciplina, para quem não passou por isso é mais complicado, porque precisa aprender que tem que ouvir e praticar primeiro e não ficar questionando tudo quando está começando. O questionamento é para depois.
Quando os alunos são atletas que praticam esporte, também fica facilitado, porque eles sabem que não dá para explicar todos os detalhes. O aluno que fica perguntando é o aluno que leva mais tempo. E os professores na tradição oriental nem respondem. Um mestre um Roshi, não fala, chama um monge mais graduado e manda falar com o aluno e se o aluno não aceita críticas e diz: “quem é você para me dar dicas, eu só aceito se for o mestre”, isso complica tudo, porque na tradição oriental é assim. Então, neste caso, o aluno é abandonado, e o mestre não faz nada enquanto ele não abandonar este orgulho.