Se você vive neste mundo e tem apegos, você vai sofrer. Se você tiver filhos a possibilidade de sofrer por eles é inerente. O pacote não vem isolado, é bom amar, mas esse relacionamento vai acabar um dia e é normal que acabe. Eu faço casamentos e nunca digo: “até que a morte os separe”, eu peço aos noivos que façam juramentos um para o outro e guardem suas promessas, rememorem o que vocês estão prometendo hoje, mas não que digam que vão ficar juntos para sempre. Se o conseguem é grande felicidade, vale a pena tentar, então mostramos esta intenção no ritual. Se há amor, há sofrimento de separação e perda. Se há apego, há sofrimento sempre. É inevitável, a única maneira de fugir seria se isolar de tudo isso. Se você não tiver um filho, não irá sofrer com a doença de um filho, mas se tem irá sofrer. Vai ser sempre assim. Você tem que olhar a vida compreendendo que: eu optei por viver e a vida tem isso. Eu optei por amar e o amor tem isso. Optei por ter filhos e ter filhos tem isso. Não tem só maravilhas.