O Sétimo Elo - Parte 6 | Monge Genshō

O Sétimo Elo - Parte 6 | Monge Genshō

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Pergunta: Bom dia, Sensei. Para sair deste círculo cármico, só o zazen é suficiente? Constelação Familiar e terapia ajudariam também? Gasshō.

Genshō Sensei: Qualquer coisa que nos ajude a compreender é válida. Existem dúvidas sobre o processo da Constelação Familiar, bem como contestações a essa técnica. Existem contestações também a respeito das diferentes terapias e da utilidade da psicanálise. Eu diria que muitas técnicas podem ser convenientes ou ajudar, mas a única realmente bem provada há tempo suficiente, sem que se consiga fazer uma contestação acerca dos seus efeitos, e bem verificável através de métodos científicos de testar, é o zazen. O zazen é uma técnica extremamente sólida, bem testada na história humana até agora, e passível de ser verificada através de experimentação.

Pergunta: Bom dia, Sensei! Os ensinamentos de Buddha revelam uma grande lucidez sobre o comportamento humano, que a psicologia contemporânea compreende e explica. As explicações dadas pelo Buddha eram marcadas pelo contexto e cultura de sua época?

Genshō Sensei: Muitas vezes Buddha usa imagens da sua época, mas a genialidade das suas explicações e apreciações, deixando de lado fé e crença e partindo apenas para uma coisa experiencial, enfatizam a experiência ou o teste pessoal a respeito daquilo que é ensinado. Nos textos antigos, vamos dizer que existem contexto e cultura da época. Era a maneira de se expressar, mas Buddha frequentemente recusa as palavras como método último, final e completo na sua capacidade de explicar. Ele contesta a própria linguagem como método para o conhecimento, enfatizando novamente a experiência. A experiência silenciosa, que é o caso do zazen. Essa contestação da linguagem como método só vai ser atingida na filosofia ocidental por Edith Theresa Hedwig Stein no século 20. Isto é muito interessante para quem estiver interessado nessa questão.

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Palestra proferida por Genshō Sensei em teishō na Daissen Virtual no primeiro semestre de 2024.