“A iluminação é ver com clareza o Aqui e Agora – nada mais do que isso – sem todas as falsas aparências ou sem todos os filtros que acompanham habitualmente os nossos processos mentais. É algo tão simples que leva a que a maioria das pessoas, no início da sua prática, alimentem a esperança inconsciente que seja algo mais. Mas milhares de anos de vida indicam que o que há de mais profundo ou fundamental é termos a experiência do universo, agora mesmo, tal qual ele realmente é, em vez de sermos levados pelo que o nosso pensamento, ávido e discriminativo, espera ou teme que seja o universo.
A iluminação nada tem a ver com obter algo, mas em renunciar ao apego aos nossos diálogos e “guiões” interiores, às nossas conceitualizações, vícios mentais, amores, ódios, à ideia do nosso ‘eu’ separado da totalidade da existência. A iluminação não implica que não aconteçam coisas ruins. Mesmo que se alcance a iluminação e o corpo e a mente acabem por se fundir, há ainda que continuar a deixar fora o lixo e a lavar a louça. “
Do artigo “Fundamentos da meditação Zen”