Aluna (Suuen San): Para complementar um pouco, eu acho que sofrimento existe em qualquer momento da vida. Ser monge é só um caminho, não é ser um Ser Iluminado, é só um caminho que você escolheu como qualquer outra profissão que tem as coisas positivas e negativas. Tem gente que escolhe ser engenheiro da Nasa e tem que viajar, e aí abandona a família em algum momento, e assim é a vida do monge também. De certa forma é uma profissão, porque há uma dedicação, e a família tem que estar apoiando isso.
Monge Genshô: Está muito bem colocado, porque a capacidade de se iluminar não é diferente entre um monge e um aluno, exatamente como Suuen San disse. E ela como esposa de monge sabe o que acontece. O monge chega e diz: “fui chamado e tenho que passar três meses fora, incomunicável”. É isso o que acontece. Então, se tem um lado egóico, ele é contrabalançado por outras coisas, e normalmente, como tinha dito, é uma fantasia das pessoas imaginar que depois que se tornam monges é uma maravilha: não é! Só tem um sentido você se tornar monge: trabalhar para os outros.
Trecho de palestra proferido por Meihô Genshô Sensei.