Monge Genshô: Vocês já devem ter notado no Zen, como é a postura que eu ensino nas sanghas: Veio, que bom que você veio, está aqui com a gente e sentou. Não veio mais, está bem, não tem problema nenhum, não telefonamos para a pessoa para dizer “por que você não vem mais?”. Alguém já recebeu telefonema assim, não? Porque isso é errado. Se daqui há 20 anos ele voltar para o Zen para praticar porque aquela prática é interessante para ele agora, se for em outra vida que ele sentir simpatia pelo budismo, está bom, não tem importância nenhuma. Vai e volta, como os pássaros, é bonito quando ele passa e você vê, ninguém será colocado numa gaiola, nós não temos isso, por isso não tem conversão, não tem cerimônia de conversão, batizado, não tem e quando alguém senta e diz eu gostaria de fazer um rakussu, um voto, ele pode perfeitamente receber a resposta: – espere mais um pouquinho, pense mais, se dê tempo.
E quando alguém pede para ser monge, a resposta é invariavelmente não, comigo também foi assim, na primeira vez que pedi para ser monge me disseram “não, não vejo porque você quer ser monge”. Tive que esperar 1 ano, voltei e pedi de novo. “É a segunda vez que você está pedindo?”. É a segunda vez que eu estou pedindo. “É não.” Peça de novo, ano que vem. Aí, eu esperei passar mais um ano. Pedi, aí que ele concordou. Monja Sodô esperou 4 anos. Depois de 2 anos, ela perdeu a paciência e me disse algumas coisas, eu ouvi. Depois, ela voltou e pediu desculpas. Disse que fez a coisa errada, etc e tal. “Eu posso ser monja?”. Eu disse “mais 2 anos”. Então ela esperou 4. Aí ela está no mosteiro no Japão, feliz, maravilhosa. (continua)