A morte de Sudata

A morte de Sudata

Stupa em homenagem a Anatapindika.
Trecho do livro Velho Caminho, Nuvens Brancas – biografia do Buddha escrita por Thich Nhat Hanh ( Editora Bodigaya 2007), nele o Venerável monge Shariputra orienta um dos principais discípulos leigos do Buddha, Sudata, também conhecido como Anatapindika (que significa aquele que cuida dos pobres e abandonados), em seu leito de morte:
“Discípulo leigo Sudata, vamos contemplar juntos assim – meus olhos não são eu, meus ouvidos não são eu, meu nariz, minha língua, meu corpo e minha mente, não são eu.”
Sudata seguiu as intruções de Shariputra. Então, este prosseguiu: “Agora vamos continuar a contemplar – aquilo que vejo, não é eu; aquilo que ouço, não é eu; aquilo que cheiro, provo, toco e penso, não é eu.”
Shariputra, então, mostrou-lhe como contemplar as seis consciências sensoriais – ver não é eu; ouvir não é eu; cheirar, provar, tocar e pensar não é eu.
Ele continuou: “O elemento terra não é eu. Os elementos água, fogo, ar, espaço e consciência não são eu. Não me encontro aprisionado ou restrito pelos elementos. Nascimento e morte não podem me tocar. Sorrio, porque jamais nasci e jamais morrerei. O nascimento não me dá existência. A morte não me remove a existência.”
(Cortesia de Kashin)