Professora de música Anne Chalegre e uma aluna em Köln, Alemanha.
P: Pode-se perguntar a um mestre se ele é iluminado?
R: Esta pergunta não se faz por etiqueta no zen, existe um reconhecimento oficial do mestre chamado transmissão mas é uma cerimônia reservada. Os que tem realização reconhecem seus irmãos, os que não tem não podem perceber e também podem ser facilmente enganados, então a declaração seria inútil por inverificável, por esta razão esta pergunta é sempre respondida com um “não”.
P: Mas como um pupilo poderá ter confiança no seu mestre em indicar o caminho, se ele não sabe se ele o percorreu?
R: Quem indaga deve saber como se interroga, e no zen não se pergunta, se um aluno procura um mestre precisa confiar nele, se ele fizer uma pergunta destas corre o risco de não ser aceito jamais, além do que deve-se ficar ao lado do mestre durante anos antes dele aceitar o discípulo. Fica-se praticando e examinando e sendo examinado.
Nenhum diploma ou atestado de iluminação proveniente de um mestre pode provar que ele é adequado, e por mais afirmações que se fizessem cada uma poderia ser posta em dúvida, portanto esta afirmação de iluminação nada vale e nenhum atestado dela existe que seja absolutamente confiável. E se alguém disser “eu sou iluminado” certamente não o será porque é um EU auto referente falando, veja a resposta de Bodhidharma ao imperador Wu: P: Quem é você na minha frente? R: Não faço a menor idéia.