Valéria Ramos Chalegre escreveu:
“Que tempos terríveis estes que vivemos. Eu sou Paris! E eu sou Síria, eu sou Israel, eu sou Palestina… Eu sou brasileira. Eu sou Católica, eu sou Mulçumana, eu sou Judia, eu sou Budista, eu sou Evangélica, eu sou Espírita, eu sou Umbandista. Eu sou negra, parda, índia, branca, amarela. Eu sou homossexual, bissexual, heterossexual, travesti, assexual. Eu sou mulher, mas eu também sou homem. Sou velha, jovem, adulta e criança. Meu nome é Valéria, e para quem não me conhece, eu sou Humana. Eu sou o mundo inteiro, e sofro, porque não é possível viver entre iguais, nem fazer-se igual, nem fazer do outro um igual: somos TODOS diferentes, e só a compaixão, o acolhimento, a aceitação das diferenças – a compreensão de que somos UM, pode nos salvar da catástrofe. (Valéria Ramos Chalegre)”