Este assunto sempre me preocupa, por uma abordagem diversa: o chamado “caminho do feiticeiro” é um caminho baseado no crescimento de um poder pessoal, ora, por mais poderoso que ele se demonstre é o oposto da libertação de um eu, porque provoca , ao contrário, um grande crescimento da noção de “eu” separado dos outros.
E sim, é verdade que preso a este jogo de poder o carma levará a inúmeras novas manifestações e prisões na armadilha egóica, sempre repetindo o mesmo esquema sem sombra de libertação. Exatamente este “eu” é identificado por Buddha como o grande inimigo, aquele que o enganou a vida inteira.
Veja que no zazen da escola Soto, pede-se que se sente sem ambicionar sequer a iluminação ou qualquer coisa para si.
Sobre a morte, se você considerar que não existe um eu em coisa alguma onde o budismo pretende salvar da morte? Ele pretende , ao contrário, fazer perceber que é a crença em um eu ou uma alma permanente que leva a este medo.
Liberto disto, e encontrando a identidade e unidade de todas as coisas, podemos de outra forma descobrir que morte e nascimento são ilusões, elas simplesmente fazem parte da mente deludida.