É importantíssimo para a liberdade e respeito a diversidade de crenças, religiões e também aos que não crêem em coisa alguma, que o estado se conserve à parte de quaisquer manifestações de apoio a uma ou outra forma de pensamento. Quando uma assembléia legislativa, como aconteceu recentemente, aprova uma lei para ler um trecho canônico de uma denominação religiosa ela quebra o princípio do estado laico, distante de apoiar ou combater algum conjunto de idéias.
É extremamente perigoso que se diga que se deve combater os descrentes, ou os ateus, como recentemente um líder religioso aventou. O estado deve prover a mais perfeita liberdade e estar longe de parecer apoiar ou combater diferentes tradições. Os ateus tem direito a sua descrença, os religiosos direito as suas imagens e fé. Mas nem os espaços onde o estado exerce seu poder, nem seus rituais, nem sua moeda, devem servir a mostrar que a nação deixou de ver todos como iguais e passou a privilegiar esta ou aquela tradição religiosa.
A Justiça é representada com uma venda porque o estado não pode ver a quem distribui sua justiça, para que os homens andem em liberdade nenhuma crença ou sistema pode ter privilégios que não sejam dados a todos, assim a lógica é não dar a quem quer que seja algum destaque no âmbito onde o estado manifesta seu poder, justiça ou elabora leis.
Monge Genshô