Aikidô: caindo sem nada a segurar, é preciso confiar que é possível abandonar a si mesmo e cair bem.
P: As vezes acho que o Budismo está me levando rumo ao ceticismo. Estou achando mais fácil me perceber apenas como um “boneco genético” do que como um “boneco kármico”. Estou achando que com a morte vem o vazio, a extinção, o fim. Sê não há nada sagrado, nada supremo, por que imaginar que há samsara? Só agora me dei conta de que o Deus que eu conseguia conceber, de fato, nunca pôde interferir. Estou triste e o mundo parece o caos.
R: A genética também tem raízes cármicas… A morte de um eu não é o fim de mais do que a ilusão do eu, a sua verdadeira natureza continua e não pode se extinguir, a continuidade é óbvia “nada se extingue, tudo se transforma” como diria Lavoisier, ou as leis da conservação da energia, que conhecemos bem, e são básicas na física. Samsara não é algo mas uma maneira de ver, porque você vê com olhos de perambular, por isso, anda de um lado ao outro procurando a felicidade. O que você precisa agora é procurar a sua verdadeira natureza, se você a vir tudo será claro, e um grande contentamento surgirá, infelizmente você precisava passar por esta destruição das ilusões egóicas para poder ver com clareza além do sonho.