Não achamos trágica a morte das folhas, vemos a continuidade da vida, da floresta. A achamos linda. No entanto os mesmos fenômenos na existência humana nos perturbam. Não vemos sua beleza. Estão perto demais de nós. Se fossemos capazes de perceber que nascimento e morte em nossas vidas, tem o mesmo significado que nas folhas da floresta, poderíamos viver vendo a beleza. A transitoriedade de todas as coisas é inerente a elas, nosso sofrimento vem do apego, do desejar a estabilidade das coisas instáveis. Queremos que tudo dure para sempre. Por isto os homens inventaram religiões onde há vida eterna, depois da morte, em paraísos, reencarnações, coisas assim. Uma maneira de escapar da transitoriedade.