Aluno: Ela toma medicação, mas não a controla a depressão como gostaria.
Monge Genshô: Florianópolis tem um médico amigo meu, que é direto da Clínica do Sono, e que é praticante do Zen. E ele é um neurologista famoso internacionalmente. Esses dias mandei um paciente para ele com um problema e depois o paciente me disse: “O Dr. Luciano me atendeu e a consulta durou três horas”. A gente tem que ver isso. Na realidade, não dá para sentar uma pessoa na frente de um médico, consulta pelo INSS, senta na frente do psiquiatra e diz “estou muito deprimido, triste”. Pronto, dá um remédio para a pessoa e manda embora. Problemas sérios não podem ser tratados assim.
Pergunta: Queria que o senhor comentasse um pouco sobre a questão da prática e do estudo do ensinamento. O senhor já comentou sobre os olhos que não enxergam e a gente vê sempre o senhor reforçando a prática. Mas, se o zazen vai preparar a mente, precisamos do ensinamento, do racional, da sabedoria do mestre para plantar essa semente?
Monge Genshô: Na verdade, você sabe a resposta, não é? Porque se não existisse necessidade de ensinamento, nós não estaríamos aqui fazendo palestra.