A investigação meditativa levou a uma compreensão, mas que não levou até esses aspectos práticos. Existe uma lacuna nesse tipo de investigação.
Einstein fez suas descobertas através de um processo de investigação de experimentos mentais, gedanken, como se diz em alemão. E esse exemplo que acabei de dar, sobre afastar-se de um relógio na velocidade da luz é um experimento gedanken, porque não precisa usar nada além do pensamento da possibilidade. No método científico calcula-se os efeitos de uma determinada situação e se prediz o que vai acontecer, se a tese estiver certa a experiência irá conduzir a tal resultado que também poderá ser previsto com precisões matemáticas. É por isso que a teoria da relatividade é comprovada historicamente com uma experiência de um eclipse, em que Einstein havia previsto que uma estrela cuja luz passava perto do Sol era desviada pela gravidade porque os fótons eram atingidos pelo campo gravitacional, pela lente gravitacional e assim a estrela mudaria de posição. E ele calculou em quanto a estrela aparentemente mudava de posição. Quando um eclipse acontece podemos verificar.
Então neste momento você comprova uma tese científica. Agora, quando falamos em meditação, falamos sobre o que os mestres escreveram a respeito dela, ou falo sobre minha experiência meditativa que aponta para tais resultados, mas esses são resultados diferentes de pessoa para pessoa, porque cada um é distinto. Mas nós sabemos o fundo comum.
Trecho de palestra proferida por Meihô Genshô Sensei, novembro de 2019 – Concórdia/SC.