Shakyamuni queria resolver o problema existencial, e percebeu que não havia conseguido resolvê-lo com todo o caminho que lhe mostraram até então. Ele, então, abandonou cada um dos mestres, e, mesmo sozinho, não conseguiu chegar a lugar algum.
No final de seu ascetismo, ele aceita, de uma moça chamada Sujata, arroz com leite. Era um verdadeiro crime ele aceitar uma refeição assim na frente de seus colegas ascetas. Ele então sente-se fortalecido por receber alimento, e resolve sentar-se determinado a não se levantar enquanto não conseguir resolver o problema da morte e do envelhecimento, de que não faz sentido essa vida e que está tudo louco, e que não adianta viver, uma sensação niilista, que não existe nada, e que todos só estão falando em crenças.
Shakyamuni resolveu abandonar o caminho do sacrifício extremo. E por isso diz-se que o caminho do budismo é o caminho do meio: nem muito sacrifício, nem muita licenciosidade. Madhyamika, o caminho do meio.