Aluno: e por que ele escolheu esse caminho?
Monge Genshô: esse era o caminho disponível naquele momento na Índia [jejum e martirização do corpo]. Havia a tradição de que aquele que tem uma angústia espiritual vai ser um samana, um asceta e tentar resolver o problema de verdade. Isso era encarado como uma escolha legítima, e esse ascetismo era levado a um ponto muito agudo, tão agudo como ele próprio relata: quando ele está no fim, está quase morrendo. O seu sentar parecia uma pisada de camelo. Eram só os ossos do ilíaco, e ele era tão magro que todas as suas costelas e ossos do rosto apareciam. Ele estava quase morrendo de tanto se sacrificar e tentar chegar a uma solução. Os mestres que ele teve o ajudaram bastante a pensar, raciocinar e fazer exercícios cada vez mais duros. Cada um deles ofereceu a ele para ser seu sucessor, mas Shakyamuni não aceitou, pois achava que não tinha conseguido uma solução real. (continua…)