(…) Em geral as pessoas se sentem atraídas pelo que é simples. Em Florianópolis uma igreja chegou a construir um drive-thru, para que você não precisasse estacionar e entrar na igreja. Com esse sistema você poderia parar ainda dentro do carro, fazer uma doação, receber uma benção e ir embora rapidamente. Um outro religioso concebeu um spray tira capeta, então esse spray de água abençoada poderia ser borrifado nas pessoas para afastar o demônio e ele vendia isso. Essas são religiosidades do tipo mais simples que se pode conceber. Eu pago, recebo e não preciso mais fazer esforço algum, porque já recebi uma vantagem. Mas quando você apresenta o Zen você cria uma dificuldade. Porque as pessoas têm que vir, sentar de frente para a parede bem quietas e só depois o professor irá falar.
Mas a experiência mostra que não devemos fazer o contrário disso, se fizermos o contrário não conseguimos falar a sério, porque as pessoas não estarão minimamente preparadas para escutar um conceito mais complexo. (…)
Trecho da palestra proferida por Meihô Genshô Sensei, Goiânia, 20/02/2020.
