No budismo dizemos que estamos neste mundo de samsara. Neste mundo onde sofremos e onde nos alegramos. Onde um misto de sensações impermanentes nos faz voar a esmo como uma folha ao vento. Pensamos em escapar ao samsara e ir para um nirvana, um lugar de paz. Mas nem nirvana nem samsara são lugares. Ambos são produtos de nosso olhar. Com os olhos de Buda transformamos todo samsara em nirvana. O necessário é tirar nossos olhos deludidos e troca-los pelo olhar de Buda.
Samsara significa perambulação, perambulamos tentando achar algo, uma perfeição, uma felicidade, que não está em lugar algum, nem em uma pessoa nem em uma atividade. Este mesmo samsara é o nirvana quando deixamos de procurar e aceitamos as coisas tais como são. Seus defeitos são produtos da análise de nossa mente, então é exatamente esta nossa mente que gera o samsara, e é ela mesma que em paz encontra o nirvana (nir – não, vana – ventos).