Em termos absolutos a lua não tem existência inerente (por si mesma, ela é Lua porque está neste universo, tem a Terra para ser sua Lua, é interdependente). Se o mestre é iluminado sua percepção de um objeto não é maculada por marcas adventícias, mas o discípulo certamente tem suas idéias sobre a Lua, as palavras que a ela se referem, o que sabe sobre a dita Lua, assim o que ele vê não é a Lua mas sua idéia de um satélite natural.
Estas perguntas estão todas maculadas pelas palavras e portanto as próprias respostas não podem ser puras nem perfeitas, desde que são expressas por meio destes símbolos verbais, desta forma a verdadeira comunicação, por este meio, é obrigatoriamente imperfeita. Por esta razão a insistência no zen em uma comunicação “ï shin den shin”, de mente a mente, sem palavras.